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Líder supremo do Irã promete a Israel destino "amargo e doloroso"

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu hoje um destino "amargo e doloroso" para Israel, após os ataques que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.

Líder supremo do Irã promete a Israel destino "amargo e doloroso"

© Lusa

Notícias ao Minuto Brasil
13/06/2025 08:49 ‧ há 23 horas por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo

Israel/Irã

"Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo, e certamente o receberá", disse Khamenei, em uma declaração publicada na internet.

 

A principal autoridade política e religiosa do Irã também afirmou que o agressor receberá um "castigo severo", mencionando a "natureza maligna" de Israel pelos ataques a áreas residenciais na capital iraniana.

Khamenei confirmou a morte de um número não especificado de cientistas militares e nucleares no ataque e disse que os "sucessores retomarão imediatamente suas funções".

O exército iraniano também declarou hoje que Israel e os Estados Unidos receberão um "forte golpe" pelo ataque israelense que matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã e dois cientistas nucleares.

"Israel e os Estados Unidos receberão um forte golpe", afirmou o porta-voz das forças armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, em declarações divulgadas pela mídia estatal do país.

Shekarchi garantiu que as forças armadas iranianas "responderão em breve com contra-ataques, se Deus quiser".

O porta-voz também afirmou que Israel tinha como alvo áreas residenciais na capital iraniana, sem fornecer mais detalhes sobre a ofensiva israelense.

O ataque começou por volta das 03h30 no horário local (21h00 de Quinta-Feira em Brasília), quando fortes explosões foram ouvidas na capital iraniana, propagando-se para outras regiões do país.

A dimensão dos ataques ainda é desconhecida, mas a mídia oficial iraniana noticiou a morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, e de dois cientistas nucleares.

"O general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária, e vários comandantes foram mortos nos ataques do regime sionista", relataram as agências IRNA e Tasnim, esta última ligada ao corpo militar de elite.

A IRNA também informou que um número não revelado de civis foi morto em áreas residenciais no norte de Teerã.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou o ataque, classificando-o como uma operação para "conter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e afirmou que "continuará durante os dias necessários para eliminá-la".

Em um vídeo divulgado após o anúncio do bombardeio ao Irã, Netanyahu afirmou que Israel atingiu "o núcleo do programa de enriquecimento nuclear iraniano".

"Hoje, nossos soldados fortes e corajosos e nosso povo estão unidos para nos defender daqueles que buscam nossa destruição e, ao nos defendermos, protegemos muitos outros e combatemos a tirania assassina", concluiu Netanyahu.

Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que "Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã", referindo-se aos ataques a Teerã, que, segundo ele, Jerusalém considera necessários "para sua própria defesa".

"Esta noite, Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã. Não participamos dos ataques contra o Irã e nossa prioridade é proteger as forças dos EUA na região", destacou Rubio.

O ataque ocorre em meio às negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, que começaram em 12 de abril e deveriam ser retomadas no próximo domingo, mas agora foram suspensas.

Leia Também: Trump ameaça Irã por acordo nuclear com EUA: 'Antes que não sobre nada'

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